Ruínas de São João Marcos Formada a partir da abertura da estrada entre o Rio de Janeiro e São Paulo, ainda no governo de Luís Vaía Monteiro, com a instalação de lavouras e comércios de passagem, foi fundada em 1739 por João Machado Pereira, que em suas terras criou uma capela dedicada à São João Marcos. Entre 1905 e 1907, a concessionária canadense da Light "The Rio de Janeiro Tramway, Light and Power" arrendou e inundou um distrito rural de São João Marcos para a construção de uma usina hidrelétrica, que gerou a formação do lago da Represa de Ribeirão das Lajes. Esse lago trouxe diversas epidemias para o local, como a malária, que dizimaram parte considerável da população local após o declínio da lavoura cafeeira, contribundo para sua decadência. Em 1943, a população restante foi deslocada para municípios vizinhos como Rio Claro (que era seu distrito), Mangaratiba, Itaguaí e Piraí, sendo que as águas da represa nunca cobriram a maior parte da antiga cidade. Em 1939, a concessionária pretendia elevar o nível do lago para aumentar a capacidade da represa. Com o intuito de impedir isso, o antigo SPHAN, atual Iphan (Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), fez o tombamento de São João Marcos. Mas um ano depois, em 1940, o local foi destombado por decreto de Getúlio Vargas, que desapropriou as terras da cidade. A matriz foi o último prédio da cidade, haja vista ninguém querer fazer a explosão, pois a população acreditava que destruir uma igreja seria um pecado, ao que um comerciante teria se habilitado a fazer a explosão, sendo utilizados vinte quilos de dinamite. #historia #ruinas #fazenda #curiosidades #misterio #lugaresabandonados