No momento do desempenho máximo, onde cada conquista é apenas o instante da próxima grande meta, a dificuldade de sentir realização tornou-se um mal silencioso corroendo a saúde mental Este ciclo vicioso de busca incessante por mais, alimentado pela cultura de "nunca é o suficiente", tem custos neurológicos e emocionais no nosso dia-a-dia. O cérebro humano, é programado para buscar recompensas - um mecanismo evolutivo que nos mantém motivados. No entanto, quando a linha de chegada está se movendo, a satisfação torna-se uma perseguição. O resultado? Um estado crônico de insatisfação que pode levar à ansiedade, depressão e burnout. A dopamina, neurotransmissor associado ao prazer e à motivação, brinca com a gente, deixando uma sensação de vazio em sua ausência. A questão é agravada pela sociedade contemporânea, que glorifica a hiperprodutividade e a superação constante, ignorando os custos humanos dessa corrida. A incapacidade de apreciar as conquistas, não importa quão pequenas sejam, reflete uma desconexão profunda entre o esforço e a recompensa. Essa desconexão, a longo prazo, não só mina a nossa capacidade de sentir alegria, mas também nos distancia de um sentido de propósito e bem-estar. Portanto, é crucial que façamos refletir: o que realmente valorizamos? Estamos correndo em direção a metas significativas, ou estamos apenas correndo? A verdadeira realização, talvez, esteja em reconhecer e valorizar o caminho percorrido, não apenas o destino final. Permitir-se sentir orgulho das conquistas, celebrar os pequenos sucessos, é essencial para nossa conexão com a felicidade. Ao final, aprender a sentir realização não é apenas sobre alcançar metas; é sobre redescobrir a capacidade de valorizar o próprio processo e, por sua vez, nutrir sua saúde mental. #psicologia #psi #psicanalise #saudemental