Ser mulher e trabalhar em um setor com predominância masculina é sinônimo, muitas vezes, de solidão. No início, os olhares são de desconfiança, há quem não entenda o que você está fazendo ali. Depois começam os julgamentos. Qualquer deslize se torna um “tinha que ser mulher”. Com o passar do tempo, vem a normalização de que você está ali e ali seguirá. Você aprende a lidar com todas as situações e muitas coisas já não te afetam. Você busca forças diárias para reforçar a crença em você mesma, caso contrário, não será possível suportar. Tem dias que você lembra de quando tudo começou, aquele momento em que a bola encontrou teus pés. Tudo que você ouviu pelo simples fato de gostar de um esporte que a sociedade estabeleceu como exclusividade do gênero que não é o seu. O tempo que você demorou para entender que não era você que estava errada, eram eles. Neste dia 8 de março, olhe para o lado. Veja a mulher que está ali do seu lado e tente pesar que o caminho que ela fez para chegar até ali foi mais difícil do que o seu, não em todos, mas em praticamente todos os setores. Pense se em algum momento você limitou a liberdade dela, se você a desrespeitou pelo fato de ser mulher. O dia 8 de maço, que começou sendo o dia da mulher trabalhadora no início do século passado, é um dia para comemorarmos os espaços que já conquistamos, os direitos que conseguimos, mas acima de tudo é um dia para reivindicar tudo que ainda nos falta por conseguir. A nossa luta é por mundo para mulheres livres, com liberdade de ser quem elas quiserem ser. Que as futuras gerações não se sintam sozinhas nas escolhas que elas tomarem. Que as oportunidades sejam as mesmas, que os direitos sejam os mesmos. Estamos juntas, gurias💜 Sigam firmes! 8M💪